EM ENTREVISTA

Whindersson Nunes abre o jogo ao falar sobre a perda do filho

Humorista revela dor com comentários sobre luto e diz que prefere enfrentar momentos difíceis sozinho

Whindersson Nunes
Whindersson Nunes fala da perda do filho e saúde mental (foto: Reprodução/Internet)

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Whindersson Nunes participou do podcast Parece Terapia, comandado pela psicóloga Pamela Magalhães, que vai ao ar nesta quinta-feira (30), às 20h30. No bate-papo com a profissional, o humorista relembrou momentos difíceis de sua vida, como a perda do filho João Miguel, que morreu dois dias após nascer prematuramente, em maio de 2021, fruto do antigo relacionamento com Maria Lina.

O influenciador falou sobre como lida com o silêncio nos momentos de dor. Ele relembrou um conceito que leu sobre “silêncio judeu”, usado quando não há palavras e se oferece apenas a presença. “Você está numa situação em que não tem palavras, então oferece sua presença à pessoa e fica ali, em silêncio”, contou o artista.

Apesar da dor enfrentada no passado, Whindersson Nunes garantiu que está em um momento de estabilidade emocional. “Não estou em um momento de dor, nem em um momento difícil. Fico bem sozinho. É. Prefiro. Não me incomoda a presença, me incomoda aquela coisa da pessoa se esforçar pra me tirar de um momento que sei que preciso passar. Não tem muito o que fazer”, explicou, ao refletir sobre a necessidade de respeitar o tempo do luto.

No início de 2025, o humorista se internou voluntariamente em uma clínica psiquiátrica no interior de São Paulo. A internação foi anunciada por sua produtora como parte do compromisso com sua saúde mental. Ele recebeu alta no fim de março, segundo a equipe, “feliz com sua evolução” após semanas de acompanhamento especializado.

Whindersson também criticou a forma como algumas pessoas lidam com o luto alheio. “Quando eu perdi um filho, apareceu muita gente dizendo: ‘Ah, mas você vai ter outro, relaxa…’ Como se o problema fosse eu não ter uma criança física comigo. Mas não é isso”, afirmou. Segundo ele, o incômodo não é com a intenção, mas com a falta de sensibilidade diante da dor.

O artista reforçou que já poderia ter tido outro filho, mas que o sentimento não se resolve com substituições. “Eu tive um bebê, e agora não tenho mais ele. Eu queria ele, entende? Sim, posso ter outros filhos, se eu quiser. Já teria tido, pra falar a verdade. Mas não é assim que funciona. Essas coisas irritam. Não me tiram do sério, mas me irritam um pouco”, concluiu.

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